segunda-feira, 13 de abril de 2020

O lixo hospitalar deve ser descartado de forma correta


O lixo hospitalar é encontrado em hospitais, clínicas veterinárias, consultórios, centros de pesquisas e laboratórios farmacêuticos. E os mesmos devem ser descartados de forma correta, seguindo regras para evitar que o meio ambiente seja contaminado.

Afinal, os resíduos hospitalares podem apresentar grande risco à saúde humana e ao meio ambiente, caso não seja descartado de modo adequado. O risco de contaminação é elevado, uma vez que os materiais médicos podem provocar e disseminar doenças, alterando o solo e a água.

Alguns exemplos de lixo são: materiais biológicos contaminados com sangue ou patógenos, peças anatômicas, seringas, luvas, e outros materiais plásticos usados em procedimentos médicos. Além de substâncias tóxicas, inflamáveis e radioativas.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou regras nacionais que acondicionam o trabalho do lixo hospitalar gerado dá origem ao destino (aterramento, radiação e incineração). As regras de descartes devem ser seguidas por hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios e outros estabelecimentos de saúde.

O objetivo é evitar danos ao meio ambiente e prevenir acidentes que atinjam profissionais que trabalham diretamente nos processos de coleta seletiva, bem como armazenamento, tratamento e destinação dos resíduos.


Conheça os tipos de resíduos hospitalares:
Os resíduos são separados em grupos, sendo materiais especiais, gerais e infecciosos.
Grupo A (Possivelmente infectantes): Materiais que possuam presença de agentes biológicos que apresentem riscos de infecção, como: bolsas de sangue contaminadas.

Grupo B (Químicos): Materiais que contenham substâncias químicas e que sejam capazes de causar risco a saúde humana, animal e ao meio ambiente, exemplos: medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raios-X.

Grupo C (Rejeitos radioativos): Materiais que possuam radioatividade em carga acima do normal, que não possam ser reutilizados, como: exames de medicina nuclear.

Grupo D (Resíduos comuns): Qualquer lixo hospitalar que não apresente estar contaminado, como: gessos, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis.

Grupo E (Instrumentos perfurocortantes): Objetos que possam furar ou cortar, como: bisturis, agulhas, ampolas de vidro e lâminas.


Risco ambiental

Estudo realizado pelo Hospital Albert Einsteins comprova, que o maior risco ambiental a partir dos resíduos hospitalares está representado pela presença de agentes biológicos, como sangue e derivados, secreções e excreções humanas, tecidos e peças anatômicas.

O contato destes materiais com o solo ou a água pode provocar contaminações no ambiente, comprometendo rios, lagos e até mesmo lençóis freáticos, prejudicando todos que tiverem contato com essa água.

Quando o descarte de resíduos perfurantes, contaminados com patógenos ou infecciosos é incorreto em aterros comuns, ocasionam grandes riscos aos catadores de lixo, que podem ser contaminados com o contato desses materiais.


Como descartar o lixo hospitalar? É melhor esterilizar ou incinerar?

Antes de mais nada, é de extrema importância separar o lixo infectante dos lixos hospitalares comuns, sendo os treinamentos dos funcionários para essa função uma exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente do Brasil.

Uma das práticas usadas é a incineração dos lixos infectantes, no entanto, libera cinzas contaminadas com substâncias nocivas à atmosfera, como as dioxinas e metais pesados, que aumentam a poluição do ar.

Contudo, a esterilização é uma alternativa válida, mas pouco usada por seu custo elevado. Mas a destinação do lixo para valas assépticas é considerada uma boa opção.

Fonte:

Resíduos industriais são ameaças crescentes para ecossistemas e para a saúde global


O conceito de logística reversa está ligado a uma visão de cadeia de valor que une empresa, comunidade e agentes de reciclagem.

A popularização de assuntos como a coleta seletiva e a reciclagem está aumentando na sociedade. Apesar do crescente interesse, no Brasil, 41,6% das 78,3 milhões de toneladas de resíduos gerados anualmente ainda têm destinação inadequada, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Segundo dados recentes divulgados pela WWF, o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do planeta, gerando 11 milhões de resíduos por ano, do qual apenas 1,2% é reciclado.De acordo com outra pesquisa, do Banco Mundial, caso não ocorra uma mudança nos atuais padrões, a quantidade de lixo despejada no mundo crescerá 70% até 2050.

"Resíduos industriais são ameaças crescentes para ecossistemas e para a saúde global. Calcula-se que mundialmente 11,2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos sejam coletadas todos os anos, contribuindo seriamente para a redução de recursos, poluição do ar, e contaminação do solo e água. Estima-se que os resíduos sólidos sejam responsáveis por 5% das emissões globais de gases do efeito estufa", relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

De acordo com a The Plastic Tide, organização ambiental do Reino Unido, o resíduo plástico cresce na ordem de de oito milhões de toneladas por ano no planeta. Essas impurezas consistem em todos os tamanhos de plásticos, com peças maiores levando pelo menos 400 anos para serem quebradas em fragmentos conhecidos como micro plástico, que podem levar centenas de milhares de anos para se decompuser completamente.
Para avançar ainda mais em seus objetivos, este projeto passou a utilizar recentemente um DJI Phantom quatro, da DJI, drone adaptado com tecnologia de inteligência artificial, que aprende com imagens capturadas, identifica e classifica os objetos recolhidos.

Este dispositivo reconhece a concentração de poluição graças a alguns algoritmos de aprendizado implantados na máquina e detecta remotamente acúmulo de plástico. Com os dados coletados pelo equipamento, customizado pela organização, é possível traçar estratégias assertivas e encontrar a melhor solução para amenizar o problema.

A pesquisa denominada "Um Mundo Descartável — O Desafio das Embalagens e do Lixo Plástico", informa que a maioria dos brasileiros não sabe como funciona a reciclagem e desconhece informações sobre os tipos de materiais plásticos que são reaproveitáveis. "Ela foi realizada pela consultoria global Ipsos em 28 países. Foram entrevistadas mil pessoas em cada local e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais", ressalta Vininha F. Carvalho.

Os entrevistados foram questionados sobre a clareza das regras de reciclagem de lixo doméstico. No Brasil, 54% dos entrevistados disseram que não, ou seja, menos da metade das pessoas entendem o funcionamento da coleta seletiva em sua região. Já nos outros países essa média é de 47%. Outro ponto interessante é que a grande maioria dos brasileiros (77%) concorda que as empresas deveriam ser obrigadas a ajudar com a reciclagem e o reuso das embalagens que produzem.

"O conceito de logística reversa está ligado a uma visão de cadeia de valor que une empresa, comunidade e agentes de reciclagem. De acordo com esta concepção, a indústria que produz o resíduo é a maior responsável pela destinação desse resíduo após o consumo", enfatiza Vininha F. Carvalho.

A indústria precisa se capacitar para implantar um processo visando consolidar uma conscientização dos consumidores. Dessa forma, se valoriza o potencial de produtos que, com destinação correta, podem se transformarem em outras oportunidades de negócio ao invés de se tornarem problemas para o meio ambiente.

Fonte:
Website: https://www.revistaecotour.news