quarta-feira, 22 de julho de 2020

O que são resíduos (e o que fazer com eles) | Sebrae


Lidar com as sobras das atividades humanas e produzir de forma sustentável é fundamental para preservar o meio ambiente.

Resíduos são as partes que sobram de processos derivados das atividades humanas e animal e de processos produtivos como a matéria orgânica, o lixo doméstico, os efluentes industriais e os gases liberados em processos industriais ou por motores.

O aumento significativo de resíduos, nos seus diferentes estados (sólidos, líquidos e gasosos) e os indesejáveis efeitos no meio ambiente têm elevado o custo de tratamento desses elementos.

O descarte incorreto do lixo urbano também gera graves efeitos nocivos ao planeta. Assim, reduzir, reutilizar e reciclar são condições essenciais para garantir processos mais econômicos e ambientalmente sustentáveis, nas cidades e no campo.

A base do conceito de sustentabilidade do mundo moderno é transformar resíduos e dejetos em coprodutos – produzindo mais com menos e com menor impacto ambiental. Isso significa produzir de forma mais eficiente, com a utilização racional das matérias-primas, água e energia.

O mesmo conceito pode ser aplicado na produção agropecuária e agroextrativista, na medida em que esses processos produtivos devem ser gerenciados com maior eficiência, aliando racionalidade econômica a soluções locais e tecnologias adequadas para o manejo dos recursos ambientais.

Diminuir custos e impactos ambientais

Para muitas propriedades rurais, transformar os resíduos em energia elétrica e calor é uma solução necessária para o suporte delas, assim como para o desenvolvimento de novas atividades produtivas. Sustentabilidade significa diminuir custos no processo de produção, minimizar os impactos ambientais e agregar valor à produção ou, ainda, dar condições de desenvolvimento para as pequenas comunidades rurais mais isoladas.

Tecnologias para pequenos

As tecnologias mais acessíveis para transformar os resíduos e dejetos em energia são:
gaseificação: a quente (gaseificadores) e anaeróbica (biodigestores);
compactação de resíduos (produção de briquetes).

Os produtos energéticos derivados desses processos – gás, biogás e briquetes – substituem os combustíveis de origem fóssil com vantagens econômicas (menor preço de insumos), apresentam baixa emissão de gases de efeito estufa, reduzem os impactos ambientais em solo e água e podem suprir as necessidades de energia de uma pequena propriedade rural.

Fonte: SEBRAE

segunda-feira, 13 de julho de 2020

O Censo da Reciclagem de Pet no Brasil - ABIPET (Associação Brasileira da Indústria do PET

A Reciclagem de PET no Brasil é uma das mais desenvolvidas no mundo. Conta com alto índice de reciclagem e uma enorme gama de aplicações para o material reciclado, criando uma demanda constante e garantida.


Desde 1994 a ABIPET procura mensurar este mercado e informar ao público sua atividade e desempenho. Também é tarefa da ABIPET estimular a reciclagem e o descarte adequado das embalagens pós-consumo, bem como oferecer as informações necessárias para que a indústria de embalagens possa produzir com a questão ambiental em foco, direcionada pela reciclabilidade das garrafas, frascos e outras embalagens de PET.


Atualmente, a indústria recicladora está estabelecida por todo território nacional, o que demandou uma nova atividade de pesquisa: O Censo da Reciclagem de PET no Brasil. Um estudo completo sobre este importante segmento industrial, gerador de empregos e que destina adequadamente uma grande quantidade de embalagens de PET pós-consumo. Através do censo, será possível ter um panorama bastante completo sobre o universo de empresas dedicadas à reciclagem do PET, número de empregos gerados, demandas para o produto reciclado e concentrações geográficas.


Documento


Nona edição do Censo aponta Crescimento de 12% na Reciclagem de PET

A Nova Edição do Censo confirma a Reciclagem de PET como uma atividade em crescimento foram coletadas 331 mil toneladas de embalagens de PET, A correta destinação de cada uma dessas garrafas foi garantida, sendo totalmente recicladas e utilizadas em novos produtos aqui mesmo, no Brasil.


Você pode acessar todas as edições do Censo da Reciclagem do PET no Brasil através do link abaixo.

Acesso às edições do Censo


Fonte:

http://www.abipet.org.br/index.html?method=mostrarInstitucional&id=7#:~:text=A%20Nova%20Edi%C3%A7%C3%A3o%20do%20Censo,produtos%20aqui%20mesmo%2C%20no%20Brasil.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Saiba mais sobre as embalagens PET: Sua origem, uso, produtos, benefícios, reciclagem e curiosidades

A introdução da embalagem de PET (polietileno tereftalato) no Brasil, em 1988, além de trazer as indiscutíveis vantagens ao consumidor, trouxe também o desafio de sua reciclagem, que nos fez despertar para a questão do tratamento das 200 mil toneladas de lixo descartadas diariamente em todo Brasil.

O polímero de PET é um poliéster, um dos plásticos mais reciclados em todo o mundo devido a sua extensa gama de aplicações: fibras têxteis, tapetes, carpetes, não-tecidos, embalagens, filmes, fitas, cordas, compostos, etc.

A embalagem de PET quando reciclada tem inúmeras vantagens sobre outras embalagens do ponto vista da energia consumida, consumo de água, impacto ambiental, benefícios sociais, entre outros.

A reciclagem de qualquer material pode ser dividida em:

  • Coleta
  • Seleção
  • Revalorizaçã
  • Transformação

A etapa de transformação utiliza o material revalorizado e o transforma em outro produto vendável, o produto reciclado. A etapa de revalorização realiza a descontaminação e adequação do material coletado e selecionado para que possa ser utilizado como matéria prima na indústria de transformação.

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A etapa de Coleta/Seleção é que representa o grande desafio da reciclagem do PET pós-consumo. Milhões de dólares são gastos em logística, distribuição e marketing para que no final das contas, nós consumidores compremos produtos embalados em PET e levemos até nossas casas.

Nós fazemos a última etapa da distribuição levando-os dos supermercados e lojas até nossas casas. Somente nas regiões metropolitanas do Brasil são 15 milhões de domicílios, 50 milhões de pessoas e 6 bilhões de embalagens de PET todo ano. O correto equacionamento da logística reversa das embalagens pós-consumo é que vai viabilizar a reciclagem de diversos materiais inclusive o PET.

A logística reversa é o processo pelo qual o material reciclável será coletado, selecionado e entregue na indústria de revalorização. Isto gera um grande empasse, de quem é que paga a conta da logística reversa, não é a indústria de embalagens, nem a indústria dos produtos embalados e nem a prefeitura. Somos nós, eu, você e toda a sociedade seja como contribuinte ou seja como consumidor. Hoje pagamos uma conta maior por não termos uma logística reversa adequada, como é provado nos países como EUA, Austrália, Japão e toda Europa.

Conforme estudos realizados na USP o Brasil deixa de economizar 6 Bilhões de dólares/ano por não reciclar os materiais presentes nas 200 mil toneladas de lixo gerados todos os dias. Ainda não estão contabilizados os custos de danos ambientais e sociais. Urgente é a elaboração de uma política nacional de resíduos sólidos, as ações estaduais e municipais para viabilização da logística reversa e o fortalecimento da indústria de reciclagem no Brasil.

As embalagens de garrafas plásticas para bebidas (PET) são ideais para o acondicionamento de alimentos, devido às suas propriedades de barreiras que impossibilitam a troca de gases e absorção de odores externos, mantendo as características originais dos produtos envasados. Além disto, são leves, versáteis e 100% recicláveis.

PET – Desenvolvido pelos químicos ingleses Whinfield e Dickson em 1941, o PET (polietileno tereftalato) é um material termoplástico. Isto significa que ele pode ser reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando aquecidos a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.

O PET possui algumas características, como:

  • absoluta transparência
  • grande resistência a impactos
  • maior leveza em relação às embalagens tradicionais
  • brilho intenso

Não é PET todos os plásticos que tenham sido fabricados através de outro processo que não o de sopro. Os mais comuns são: baldes, bacias, copos, cabides, réguas, apontadores, pentes, mangueiras, sacos, sacolas, potes de margarina, filmes de PVC, entre outros.

A embalagem PET é 100% reciclável. A embalagem entregue para a reciclagem deverá estar amassada, torcida, sem o ar e sem resíduos em seu interior. No caso de garrafas, colocar de volta a tampa de rosca bem vedada, para impedir a entrada do ar. Se a tampa não for de rosca, basta torcer ou amassar bem a embalagem. Este procedimento é necessário, pois ainda não existe amassador desenvolvido para compactar embalagens PET.

O processos de reciclagem do PET no Brasil é o mecânico, é o mais utilizado e o mais comum. O processo de reciclagem mecânica de embalagens plásticas para bebidas (PET) requer, em média, apenas 30% da energia necessária para a produção de matéria-prima.

A reciclagem do PET tem muitos benefícios, como:

  • redução do volume de lixo coletado, que é removido para aterros sanitários, proporcionando melhorias sensíveis no processo de decomposição da matéria orgânica (o plástico impermeabiliza as camadas em decomposição, prejudicando a circulação de gases e líquidos);
  • economia de energia elétrica e petróleo, pois a maioria dos plásticos é derivada do petróleo, e um quilo de plástico equivale a um litro de petróleo em energia;
  • geração de empregos (catadores, sucateiros, operários, etc.)
  • menor preço para o consumidor dos artefatos produzidos com plástico reciclado aproximadamente 30% mais baratos do que os mesmos produtos fabricados com matéria-prima virgem.

Diversos produtos podem ser produzidos a partir da reciclagem do PET, como:

  • Indústria automotiva e de transportes – tecidos internos (estofamentos), carpetes, peças de barco;
  • Pisos – carpetes, capachos para áreas de serviços e banheiros;
  • Artigos para residências – enchimento para sofás e cadeiras, travesseitros, cobertores, apetes, cortinas, lonas para toldos e barracas;
  • Artigos industriais – rolos para pintura, cordas, filtros, ferramentas de mão, mantas de impermeabilização;
  • Embalagens – garrafas, embalagens, bandejas, fitas;
  • Enfeites – têxteis, roupas esportivas, calçados, malas, mochilas, vestuário em geral;
  • Uso químico – resinas alquídicas, adesivos.

Curiosidades:

  • 68% de todo refrigerante produzido no país é embalado em garrafas PET.
  • 1 kg de garrafas PET equivale : 16 garrafas de 2.5 litros ou 20 garrafas de 2.0 litros ou 24 garrafas de 1.5 litros ou 26 garrafas de 1.0 litro ou 36 garrafas de 600 ml. (Fonte: TOMRA/LATASA – Reciclagem S.A. )
  • A embalagem monocamada de PET, já utilizada por países como EUA e França, é aquela que permite que o PET reciclado entre em contato direto com alimentos e bebidas. Essa tecnologia é conhecida pela sigla URRC e é capaz de discontaminar PET pós consumo através de um sistema de superlavagem que assegura ao reciclado o mesmo nível de limpeza da matéria prima vrigem. No Brasil, ainda não há previsão para a fabricação desse tipo de embalagem multicamada de PET, ou seja, aquela que se assemelha a um “saunduiche”composto” de 3 camadas, sendo 2 de plástico reciclado, que nunca entra em contato com o alimento ou outro produto que emabala.

 

Fonte: CEMPRE

terça-feira, 9 de junho de 2020

Quais embalagens sujas de gordura podem ser recicladas?

Será que toda embalagem suja de óleo ou engordurada pode ser reciclada? Será que é necessário tirar a gordura primeiro? Se já se deparou com estas dúvidas, veja aqui como proceder
O que fazer com as latas e garrafas de óleo e azeite vazias? Sabia que elas podem ser recicladas? E as latas de atum e os potes margarina? Assim como o exemplo anterior, esses resíduos não só podem como devem ser colocados no lixo reciclável!

Uma dúvida muito comum entre as pessoas que praticam a reciclagem é se precisamos desengordurar as embalagens antes de descartá-las. A resposta é não. Estas embalagens não precisam ser desengorduradas porque elas vão passar por vários sistemas tratamentos, em altas temperaturas, até serem transformadas em novos materiais. Usar água e sabão para limpar este tipo de embalagem acaba sendo um desperdício desnecessário. A única providência que pode ser tomada, neste caso, é certificar-se de que ela esteja completamente vazia, sem resíduos. Se for o caso, está liberado passar uma água, mesmo que seja a do enxágue da louça, apenas para evitar odores desagradáveis e a presença de moscas, ratos e baratas.

Outro fator importante em não deixar resíduos nas embalagens é para ter um melhor aproveitamento na reciclagem. Ao deixar um restinho de óleo na garrafa, por exemplo, este líquido pode vazar e sujar outros recicláveis que estejam junto dele. Quando isso ocorre, manchando papéis e papelão, esses materiais não podem mais ser reciclados.

O que fazer com os papéis engordurados?

As caixas de pizza, embalagens de lanche e outros papéis engordurados, não podem ser reciclados. O mesmo vale para outros tipos de papel, tais como: carbono, celofane, parafinado, metalizado, laminado, vegetal, toalha e papel higiênico. Nenhum desses papéis podem ser reciclados, pois se forem descartados juntamente com papéis recicláveis eles podem trazer problemas, comprometendo a qualidade do produto final.


domingo, 7 de junho de 2020

O que é o consumo sustentável e a importância em se atentar para o consumo como causador de diferentes impactos ambientais e sociais



O Consumo Sustentável envolve a escolha de produtos que utilizaram menos recursos naturais em sua produção, que garantiram o emprego decente aos que os produziram, e que serão facilmente reaproveitados ou reciclados. Significa comprar aquilo que é realmente necessário, estendendo a vida útil dos produtos tanto quanto possível. Consumimos de maneira sustentável quando nossas escolhas de compra são conscientes, responsáveis, com a compreensão de que terão consequências ambientais e sociais – positivas ou negativas.

Mudança de comportamento é algo que leva tempo e amadurecimento do ser humano, mas é acelerada quando toda a sociedade adota novos valores. O termo “sociedade de consumo” foi cunhado para denominar a sociedade global baseada no valor do “ter”. No entanto, o que observamos agora são os valores de sustentabilidade e justiça social fazendo parte da consciência coletiva, no mundo e também no Brasil. Este novo olhar sobre o que deve ser buscado por cada um promove a mudança de comportamento, o abandono de práticas nocivas de alto consumo e desperdício e adoção de práticas conscientes de consumo.

Consumo consciente, consumo verde, consumo responsável são nuances do Consumo Sustentável, cada um focando uma dimensão do consumo. O consumo consciente é o conceito mais amplo e simples de aplicar no dia a dia: basta estar atento à forma como consumimos – diminuindo o desperdício de água e energia, por exemplo – e às nossas escolhas de compra – privilegiando produtos e empresas responsáveis. A partir do consumo consciente, a sociedade envia um recado ao setor produtivo de que quer que lhe sejam ofertados produtos e serviços que tragam impactos positivos ou reduzam significativamente os impactos negativos no acumulado do consumo de todos os cidadãos.

Nossa população cresceu – e nosso poder aquisitivo aumenta gradativamente – em 2020, 117 milhões de brasileiros fazem parte da nova classe média. Este momento singular na História do Brasil tem reflexo no aumento do consumo: carros, imóveis, celulares, tvs, etc. Não há razão para impedir que esta demanda reprimida de consumo seja refreada, pois o consumo fortalece nossa economia. No entanto, é a oportunidade histórica de abandonar os padrões de consumo exagerado copiados de países de primeira industrialização e estabelecer padrões brasileiros de consumo em harmonia com o meio ambiente, a saúde humana e com a sociedade.

domingo, 31 de maio de 2020

Coronavírus desafia sustentabilidade com maior acúmulo de lixo caseiro e hospitalar

Consumidor deve procurar produtos com menos embalagens para atenuar impacto


A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais estima que as medidas de isolamento social devem causar um aumento de 15% a 25% na produção de resíduos sólidos nas residências.
O maior tempo gasto dentro de casa para combater a expansão do novo corona vírus tem uma consequência prejudicial para o ambiente: o aumento da produção do lixo doméstico, boa parte dele composta por plástico, papel e papelão de embalagens de produtos e pacotes comprados pela internet.

A Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) estima que as medidas de isolamento social devem causar um aumento de 15% a 25% na produção de resíduos sólidos (lixo orgânico e reciclável) nas residências. O lixo hospitalar deve crescer de 10 a 20 vezes, segundo a entidade.

"Em um primeiro momento, com a queda no movimento, percebemos uma diminuição na geração de resíduos. Mas em seguida há uma mudança nos hábitos dentro de casa. Com o fechamento do comércio, aumentam compras online, que costumam chegar com muita embalagem, e cresce a produção de resíduos", diz Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Abrelpe.

A entidade conta com 41 empresas associadas, que dominam cerca de 65% do mercado de limpeza urbana do país. A recomendação de Silva Filho é que as empresas usem o bom senso para diminuir ao mínimo possível a quantidade de embalagem em seus produtos. O consumidor, por outro lado, deve ficar atento para escolher os itens que vão produzir a menor porção de lixo.

A coleta seletiva é uma das principais maneiras de evitar piores consequências para a natureza. A paralisação desses serviços, porém, já acontece em algumas cidades.
Em São Paulo, por exemplo, funcionam apenas as centrais mecanizadas de triagem para separar o lixo, sem o trabalho manual. Em nota, a Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) disse que os serviços de coleta comum e seletiva operam normalmente na cidade.

Silva Filho lembra que alguns cuidados devem ser adicionados na hora de separar o lixo em casa, principalmente quando há a suspeita de que algum dos residentes esteja contaminado com o novo coronavírus. Nesse caso, a orientação é que o lixo reciclável seja descartado com o lixo orgânico, com uma proteção extra (um revestimento duplo de saco plástico, por exemplo) para evitar contaminação.

Existem boas notícias para o ambiente também. A queda na movimentação nas grandes cidades, provocada pela necessidade do isolamento social, teve reflexos diretos na diminuição da emissão de poluentes para a atmosfera. Em São Paulo, que está em quarentena desde a terça-feira (24), houve queda acentuada na quantidade de monóxido de carbono no ar desde o dia 20 de março, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). A diminuição do poluente, diz a companhia em nota, foi maior nas proximidades das vias mais movimentadas. O gás tóxico é emitido por motores de veículos.

A entidade diz que um monitoramento por um período mais longo de tempo vai poder confirmar e dimensionar os impactos da quarentena na qualidade do ar, já que a diminuição da poluição depende também das condições meteorológicas.
Outras grandes cidades em quarentena registraram fenômeno semelhante. Em Milão, a concentração no ar do gás poluente dióxido de nitrogênio caiu 24% nas quatro semanas anteriores ao dia 24 de março, segundo a Agência Europeia do Ambiente (EEA).

Em Madrid, a quantidade do dióxido de nitrogênio na atmosfera chegou a cair 56% de uma semana para a outra, de acordo com a EEA. Embora temporárias, as mudanças devem surtir efeito positivo no balanço anual de emissões de poluentes dessas cidades.
O consumo de energia elétrica também caiu no Brasil. Na sexta (20), quando medidas de restrição social já começavam a ser tomadas pelo país, o gasto de eletricidade foi 8,7% menor do que na sexta-feira anterior (13), segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Num momento ainda incerto para a manutenção de ações ambientalmente sustentáveis, a ativista do clima Greta Thunberg disse à revista inglesa New Scientist que está preocupada com a possibilidade de a luta contra a pandemia do novo coronavírus ser usada para travar o combate à crise climática.

"As pessoas não querem ouvir sobre a crise do clima agora. Eu entendo completamente, mas temos de nos assegurar de que ela não será esquecida. Precisamos tratar dessas duas crises ao mesmo tempo, porque a crise climática não vai embora", alertou Thunberg.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Descarte de óleo de cozinha: Descarte-o corretamente e evite contaminação de milhares de litros d'água

Todo mundo sabe, ou deveria saber, que o óleo comestível, normalmente chamado de óleo de cozinha, possui reciclagem. Mas ainda restam muitas dúvidas por aí: como descartá-lo, por que não podemos jogá-lo na pia ou no bueiross? Quais os tipos de óleo de cozinha? O que podemos fazer com o óleo de cozinha usado? Como armazená-lo?



Primeiro, atentemos a algumas diferenciações e informações básicas. Os óleos são formados por substâncias insolúveis em água (lipídeos). Não existe muita diferença entre óleo e gordura - a única que existe, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), tem relação com a temperatura: a 25°C o óleo vegetal é líquido e a gordura é sólida.

A classificação entre óleo virgem, extra virgem (azeite, óleo de coco) e óleo bruto (de soja, milho, girassol) está relacionada aos processos de extração e de purificação desses óleos vegetais. Os óleos extra virgens ou virgens apenas necessitam de uma filtração para retirar partículas sólidas após o processo de prensagem (que retira o óleo da semente, fruta ou folha); já o óleo bruto é extraído por meio de um solvente e passa por muitas outras fases para ficar pronto.

Os óleos e gorduras de origem animal podem ser obtidos por meio da trituração, altas temperaturas e pressão.

As gorduras vegetais hidrogenadas são obtidas por meio de processos de hidrogenação para aumentar seus prazos de validade.

Óleo não pode ir pelo ralo

Todos os tipos de óleo apresentados anteriormente não podem ter como destino pias, bueiros, ralos ou guias da calçada porque impactam negativamente o encanamento da sua casa e também poluem a água, além de contribuírem para morte de seres vivos.

No encanamento das residências, existe um equipamento chamado caixa de gordura que armazena gordura proveniente das pias. A caixa de gordura normalmente é feita de plástico PVC ou de concreto. O descarte incorreto na pia de óleo de cozinha usado provocará o entupimento dos encanamentos e acúmulo de gordura na caixa citada. Quando isso ocorre, é necessário um processo trabalhoso para limpá-la, além de realizar o mesmo processo nos encanamento. Por isso, evite ter esse trabalhão ao não jogar fora o óleo usado de cozinha na pia (conheça receita para desentupir o ralo de maneira sustentável).

A outra parte do óleo descartado que passou pelos encanamentos e não ficou retido na caixa de gordura, chega às redes que coletam o esgoto doméstico. É possível que o óleo siga por dois caminhos distintos: para uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), para um rio ou mesmo o mar. Para chegar a uma ETE, é preciso que o óleo misturado com água e outros resíduos passe por uma rede coletora - nesta passagem é que o óleo obstrui o fluxo de esgoto que iria para a ETE. Descartando o óleo indevidamente, você não só prejudica a estrutura do seu encanamento como também pode causar o refluxo do esgoto para outras residências.

Quando o esgoto sem tratamento chega a um rio, o óleo de cozinha misturado ao esgoto irá poluir esse corpo hídrico, porém isso depende da carga de esgoto que o rio suporta. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) apresenta uma resolução que estabelece limites para lançamento de óleos vegetais e gorduras animais em corpos hídricos receptores de esgoto (efluente) de até 50 miligramas por litro (mg/L), sendo que a partir deste valor, o óleo de fritura polui mais 25 mil litros de água, o que já é um valor bem alto. O impacto causado pelo óleo é a diminuição de oxigênio dissolvido na água, por meio da atividade de micro-organismos que degradam o óleo e ao mesmo tempo consomem muito oxigênio - isso provoca a morte da fauna aquática.

Então, o que fazer com o óleo de cozinha?

Após utilizar o óleo de fritura velho (de preferência em pouca quantidade), você pode armazená-lo em uma garrafa PET. Utilize um funil para facilitar a entrada do óleo na garrafa. Conforme for utilizando o óleo, vá armazenando desse modo e lembre-se de sempre fechar bem as garrafas para evitar vazamentos, mantendo também fora do alcance de crianças e animais de estimação que podem ser atraídos pelo cheiro do óleo ou pela simples curiosidade. Após preencher algumas garrafas PETs, procure empresas e ONGs especializadas neste tipo de coleta seletiva, assim como postos de entrega voluntária para descartar o seu óleo de forma correta.

A quantidade armazenada de óleo irá variar de acordo com o local em que você for realizar o descarte. Por isso, procure saber o local em que você irá descartar, para então obter a informação de quantos litros são necessários para realizar a entrega.

Lembre-se que 50 mg de óleo de cozinha provocam a poluição de mais de 25 mil litros de água. Mesmo que você utilize uma pequena quantidade de óleo de cozinha, é importante armazenar na garrafa PET, e não descartá-lo na pia, ralo ou bueiro.

O óleo descartado corretamente é utilizado para produção de biodiesel, sabão, tintas a óleo, massa de vidraceiro e outros produtos. Isso preserva matéria-prima, incentiva a reciclagem e evita que mais litros de óleo sejam descartados de maneira incorreta.

Portanto, se você não utilizar o seu óleo de cozinha usado para fazer sabão, colabore com a preservação do ecossistema, descarte-o corretamente. Assim, você elimina o problema de um item que, apesar de biodegradável, é um poluidor e grande contaminante, e dá uma nova utilidade para ele, evitando que cause riscos à saúde. A sustentabilidade agradece.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

O lixo hospitalar deve ser descartado de forma correta


O lixo hospitalar é encontrado em hospitais, clínicas veterinárias, consultórios, centros de pesquisas e laboratórios farmacêuticos. E os mesmos devem ser descartados de forma correta, seguindo regras para evitar que o meio ambiente seja contaminado.

Afinal, os resíduos hospitalares podem apresentar grande risco à saúde humana e ao meio ambiente, caso não seja descartado de modo adequado. O risco de contaminação é elevado, uma vez que os materiais médicos podem provocar e disseminar doenças, alterando o solo e a água.

Alguns exemplos de lixo são: materiais biológicos contaminados com sangue ou patógenos, peças anatômicas, seringas, luvas, e outros materiais plásticos usados em procedimentos médicos. Além de substâncias tóxicas, inflamáveis e radioativas.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou regras nacionais que acondicionam o trabalho do lixo hospitalar gerado dá origem ao destino (aterramento, radiação e incineração). As regras de descartes devem ser seguidas por hospitais, clínicas, consultórios, laboratórios e outros estabelecimentos de saúde.

O objetivo é evitar danos ao meio ambiente e prevenir acidentes que atinjam profissionais que trabalham diretamente nos processos de coleta seletiva, bem como armazenamento, tratamento e destinação dos resíduos.


Conheça os tipos de resíduos hospitalares:
Os resíduos são separados em grupos, sendo materiais especiais, gerais e infecciosos.
Grupo A (Possivelmente infectantes): Materiais que possuam presença de agentes biológicos que apresentem riscos de infecção, como: bolsas de sangue contaminadas.

Grupo B (Químicos): Materiais que contenham substâncias químicas e que sejam capazes de causar risco a saúde humana, animal e ao meio ambiente, exemplos: medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raios-X.

Grupo C (Rejeitos radioativos): Materiais que possuam radioatividade em carga acima do normal, que não possam ser reutilizados, como: exames de medicina nuclear.

Grupo D (Resíduos comuns): Qualquer lixo hospitalar que não apresente estar contaminado, como: gessos, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis.

Grupo E (Instrumentos perfurocortantes): Objetos que possam furar ou cortar, como: bisturis, agulhas, ampolas de vidro e lâminas.


Risco ambiental

Estudo realizado pelo Hospital Albert Einsteins comprova, que o maior risco ambiental a partir dos resíduos hospitalares está representado pela presença de agentes biológicos, como sangue e derivados, secreções e excreções humanas, tecidos e peças anatômicas.

O contato destes materiais com o solo ou a água pode provocar contaminações no ambiente, comprometendo rios, lagos e até mesmo lençóis freáticos, prejudicando todos que tiverem contato com essa água.

Quando o descarte de resíduos perfurantes, contaminados com patógenos ou infecciosos é incorreto em aterros comuns, ocasionam grandes riscos aos catadores de lixo, que podem ser contaminados com o contato desses materiais.


Como descartar o lixo hospitalar? É melhor esterilizar ou incinerar?

Antes de mais nada, é de extrema importância separar o lixo infectante dos lixos hospitalares comuns, sendo os treinamentos dos funcionários para essa função uma exigência do Conselho Nacional do Meio Ambiente do Brasil.

Uma das práticas usadas é a incineração dos lixos infectantes, no entanto, libera cinzas contaminadas com substâncias nocivas à atmosfera, como as dioxinas e metais pesados, que aumentam a poluição do ar.

Contudo, a esterilização é uma alternativa válida, mas pouco usada por seu custo elevado. Mas a destinação do lixo para valas assépticas é considerada uma boa opção.

Fonte:

Resíduos industriais são ameaças crescentes para ecossistemas e para a saúde global


O conceito de logística reversa está ligado a uma visão de cadeia de valor que une empresa, comunidade e agentes de reciclagem.

A popularização de assuntos como a coleta seletiva e a reciclagem está aumentando na sociedade. Apesar do crescente interesse, no Brasil, 41,6% das 78,3 milhões de toneladas de resíduos gerados anualmente ainda têm destinação inadequada, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Segundo dados recentes divulgados pela WWF, o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do planeta, gerando 11 milhões de resíduos por ano, do qual apenas 1,2% é reciclado.De acordo com outra pesquisa, do Banco Mundial, caso não ocorra uma mudança nos atuais padrões, a quantidade de lixo despejada no mundo crescerá 70% até 2050.

"Resíduos industriais são ameaças crescentes para ecossistemas e para a saúde global. Calcula-se que mundialmente 11,2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos sejam coletadas todos os anos, contribuindo seriamente para a redução de recursos, poluição do ar, e contaminação do solo e água. Estima-se que os resíduos sólidos sejam responsáveis por 5% das emissões globais de gases do efeito estufa", relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

De acordo com a The Plastic Tide, organização ambiental do Reino Unido, o resíduo plástico cresce na ordem de de oito milhões de toneladas por ano no planeta. Essas impurezas consistem em todos os tamanhos de plásticos, com peças maiores levando pelo menos 400 anos para serem quebradas em fragmentos conhecidos como micro plástico, que podem levar centenas de milhares de anos para se decompuser completamente.
Para avançar ainda mais em seus objetivos, este projeto passou a utilizar recentemente um DJI Phantom quatro, da DJI, drone adaptado com tecnologia de inteligência artificial, que aprende com imagens capturadas, identifica e classifica os objetos recolhidos.

Este dispositivo reconhece a concentração de poluição graças a alguns algoritmos de aprendizado implantados na máquina e detecta remotamente acúmulo de plástico. Com os dados coletados pelo equipamento, customizado pela organização, é possível traçar estratégias assertivas e encontrar a melhor solução para amenizar o problema.

A pesquisa denominada "Um Mundo Descartável — O Desafio das Embalagens e do Lixo Plástico", informa que a maioria dos brasileiros não sabe como funciona a reciclagem e desconhece informações sobre os tipos de materiais plásticos que são reaproveitáveis. "Ela foi realizada pela consultoria global Ipsos em 28 países. Foram entrevistadas mil pessoas em cada local e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais", ressalta Vininha F. Carvalho.

Os entrevistados foram questionados sobre a clareza das regras de reciclagem de lixo doméstico. No Brasil, 54% dos entrevistados disseram que não, ou seja, menos da metade das pessoas entendem o funcionamento da coleta seletiva em sua região. Já nos outros países essa média é de 47%. Outro ponto interessante é que a grande maioria dos brasileiros (77%) concorda que as empresas deveriam ser obrigadas a ajudar com a reciclagem e o reuso das embalagens que produzem.

"O conceito de logística reversa está ligado a uma visão de cadeia de valor que une empresa, comunidade e agentes de reciclagem. De acordo com esta concepção, a indústria que produz o resíduo é a maior responsável pela destinação desse resíduo após o consumo", enfatiza Vininha F. Carvalho.

A indústria precisa se capacitar para implantar um processo visando consolidar uma conscientização dos consumidores. Dessa forma, se valoriza o potencial de produtos que, com destinação correta, podem se transformarem em outras oportunidades de negócio ao invés de se tornarem problemas para o meio ambiente.

Fonte:
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quarta-feira, 11 de março de 2020

A sustentabilidade envolve atender às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as futuras gerações também satisfazerem suas necessidades.


Atualmente, fala-se muito sobre sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável em diversos setores de nossa sociedade. Mas, afinal de contas, o que esse termo representa?

O termo “desenvolvimento sustentável” foi usado pela primeira vez em 1987, por Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega e que atuou como presidente de uma comissão da Organização das Nações Unidas. Ela publicou um livro (Our Common Future) onde escreveu em partes: "Desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades".

Ao longo da maior parte da história do homem, ele viu-se como um dominador da natureza e acreditava que ela estava disponível somente para o seu bem-estar, para servir ao desenvolvimento econômico. Essa forma de pensar produziu uma “sociedade de consumo”, que é exatamente o oposto do desenvolvimento sustentável, pois as indústrias e fábricas buscam extrair o máximo de recursos do planeta para acumular riquezas e satisfazer o consumismo exagerado da população, ocorrendo muito desperdício. O caminho seguido pela economia até o momento foi extrair, produzir, vender, utilizar e descartar, sem se preocupar com a natureza e com as futuras gerações, como se os recursos naturais não tivessem fim.

Esse modelo de desenvolvimento da nossa sociedade estabelecido até o momento levou a consequências drásticas, como poluição ambiental e desigualdade social. Está comprovado que o ser humano não pode consumir o que e quanto quiser sem se preocupar com as consequências.


Desse modo, surgiu a necessidade urgente de mudarmos essa visão. Os que buscam aplicar as ideias da sustentabilidade levam em conta a harmonia entre a natureza e a sociedade em qualquer empreendimento humano, tendo os seguintes pontos como bases:

* ser ecologicamente correto: não esgotar os recursos da natureza, tratar o meio ambiente com respeito, haver um equilíbrio entre o que retiramos da natureza e o que oferecemos em troca. Veja alguns exemplos: usar somente a quantidade de água e energia necessária e evitar desperdícios; consumir produtos que não tenham embalagem excessiva e de empresas que não estão ameaçando a natureza; consumir menos carne, porque o rebanho produz gás metano do efeito estufa; andar em transportes públicos ou bicicletas; não consumir substâncias destruidoras da camada de ozônio (como sprays que contêm CFC); realizar coleta seletiva em casas e empresas; realizar reciclagem e reutilização de materiais, entre outros;

* ser economicamente viável: a sustentabilidade não quer interromper o desenvolvimento, mas corresponde a uma nova forma de pensar, buscando meios que propiciem o crescimento econômico sem agredir o meio ambiente.


Nesse processo, desenvolvem-se novas oportunidades de negócios que podem ser aproveitadas por pessoas e empresas.

A reciclagem é um exemplo de ideia que pode ser usada no desenvolvimento sustentável, mas se o gasto com a reciclagem de determinado material for maior que o de extrair o recurso bruto da natureza, esse processo não será economicamente viável e tenderá a não continuar. A sustentabilidade, por outro lado, está relacionada com a ideia de continuidade — como essas vertentes podem manter-se em equilíbrio ao longo do tempo. Por isso, pesquisas devem ser realizadas para desenvolver meios que tornem economicamente viável a reciclagem de um determinado material.

Um exemplo que mostra como o desenvolvimento sustentável pode ser não só economicamente viável, mas também trazer vantagens, é o uso de lâmpadas fluorescentes, que resultam em uma economia de 80% na conta de luz porque ela dura dez vezes mais que as incandescentes.

* ser socialmente justo: isso envolve ética, justiça social, educação de qualidade, trabalho decente para todos, solidariedade e considerar que nosso planeta é um só e que cada ação afeta o todo, pois a vida é interação e tudo está relacionado.

Um exemplo que podemos citar é o uso de transporte coletivo como um meio sustentável de diminuir a quantidade de carros e, consequentemente, a poluição gerada para o meio ambiente. Porém, além de ser de qualidade, esses meios de transporte também devem possuir mecanismos que o deixem acessíveis e confortáveis para o uso de todos, inclusive de idosos e de pessoas com deficiências. Desse modo, as ideias e tecnologias que têm a sustentabilidade como foco devem levar em conta também classes e grupos menos favorecidos.

Outro exemplo que alia esses três pontos já mencionados é o modelo da agricultura. Hoje esse modelo privilegia alta especialização, menor diversidade e maior uso de produtos químicos. Dá-se preferência ao cultivo extensivo de monoculturas, com uso excessivo de fertilizantes e agrotóxicos que acabam por poluir o solo, as águas e provocar graves alterações no ecossistema e na saúde da população. No entanto, considerando a agricultura sustentável, podemos enfatizar a agricultura familiar, que além de dar maior oportunidade para pessoas menos favorecidas, também incentiva práticas ecologicamente corretas, como a diversificação de cultivos, o menor uso de insumos industriais, o uso sustentável dos recursos genéticos e a agroecologia.

* ser culturalmente diverso: valorizar a diversidade, promover relações de respeito com todos e gerar benefícios para todos. Por exemplo, hoje a renda de uma pessoa negra no Brasil é, em média, 50% menor que a de uma pessoa branca. As ideias sustentáveis difundidas devem promover a igualdade, não a desigualdade e preconceito que vemos hoje.


Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química

Você sabia que um litro de óleo é possível contaminar até 25 mil litros de água?

Muitos bares, restaurantes, hotéis e residências ainda jogam o óleo utilizado na cozinha direto na rede de esgoto, desconhecendo os prejuízos dessa ação. Independente do destino, esse produto prejudica o solo, a água, o ar e a vida de muitos animais, inclusive o homem.

Quando retido no encanamento, o óleo causa entupimento das tubulações e faz com que seja necessária a aplicação de diversos produtos químicos para a sua remoção. Se não existir um sistema de tratamento de esgoto, o óleo acaba se espalhando na superfície dos rios e das represas, contaminando a água e matando muitas espécies que vivem nesses habitats.

Dados apontam que com um litro de óleo contamina até 25 mil litros de água. Se acabar no solo, o líquido pode impermeabilizá-lo, o que contribui com enchentes e alagamentos. Além disso, quando entra em processo de decomposição, o óleo libera o gás metano que, além do mau cheiro, agrava o efeito estufa.

Se acabar no solo, o líquido pode impermeabilizá-lo, o que contribui com enchentes e alagamentos. Além disso, quando entra em processo de decomposição, o óleo libera o gás metano que, além do mau cheiro, agrava o efeito estufa.

Despejo correto de óleo
Para evitar que o óleo de cozinha usado seja lançado na rede de esgoto, cidades, instituições e pessoas de todo o mundo têm criado métodos para reciclar o produto. As possibilidades são muitas: produção de resina para tintas, sabão, detergente, glicerina, ração para animais e até biodiesel.

Processo

Biodisel - A transformação do óleo de cozinha em energia renovável começa pela filtragem, que retira todo o resíduo deixado pela fritura. Depois é removida toda a água misturada ao produto. A depender do óleo, ele passará por uma purificação química que irá retirar os últimos resíduos. Esse óleo "limpo" recebe então a adição de álcool e de uma substância catalisadora. Colocado no reator e agitado a temperaturas específicas, ele se transforma em biocombustível e após o refino pode ser usado em motores capacitados para queimá-lo.


Ajude-nos a ajudar a natureza, guardando seu óleo usado que em breve estaremos passando no seu bairro!

Coletamos o Seu Óleo de Fritura. 
Oferecemos Galão e Buscamos no Local. 
Entregamos Certificado. 
Serviços: Coleta em Restaurante/Bar, Coleta em Condomínios, Coleta em Escolas.
Solicite sua coleta!

Colabore com a natureza fazendo a coleta seletiva do seu lixo!